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Depois
de desejarmos muito, aqui está a Wishes em todos os seus detalhes, para você acompanhar as nossas idéias, criações, e porque não, loucuras!

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A wishes busca unir o que é bonito com sabor. Sim, é possível! Além de lindo, você vai se deliciar até o último pedaço.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A doce Paris!

Realmente não tem como não ficar encantada com Paris, uma cidade que transpira história, ensina a não só degustar o prato, mas também a apreciá-lo com os olhos, isso sem mencionar a moda nas ruas e a diversão em cada esquina.
É uma cidade que merece ser admirada com calma, para que não seja desprezado nenhum detalhe das suas belezas naturais e arquitetônicas. E andar por suas ruas após o anoitecer, acompanhando o acender das luzes, é um espetáculo à parte.
E, além de tudo isso, Paris nos oferece o que há de melhor em doces...que loucura!
Não há como visitar todos os lugares, e ainda, degustar tudo (apesar de termos feito o possível, mesmo achando o preço meio salgado)...é um delicioso mundo novo de texturas, combinações e sabores, que deixam você sempre com a consciência pesada de não ter experimentado mais, isso mesmo, a sensação é inversa, são delícias que valem a pena engordar! 
Como em Paris quase nada é recém inaugurado, não poderia ser diferente com as pâtisseries e casas de chá, e aqui vamos começar com a doceria mais conhecida e tradicional de Paris, a Fauchon, que, sem dúvida, é referência em requinte, criatividade e sabor.

Fomos na primeira loja inaugurada em 1886, localizada na Place de La Madeleine. 

Mesmo tendo uma idade meio avançada, a Fauchon foi modernizando a sua estrutura, e hoje ela se destaca, inclusive pela cores fortes, na arquitetura monocromática francesa.   
A sorte é que estávamos num grupo grande e todos tiveram a boa vontade de ceder um pedacinho, assim, pudemos experimentar uma variedade maior dos doces maravilhosos.

A única exceção, que não indicamos, são os macarons, mas também, depois de experimentar os do Ladurée e Pierre Hermé (comentários logo abaixo), a exigência ficou alta.

                                                      
Atravessando a praça, encontramos o Hediard, que é um pouquinho mais velho que o Fauchon, de 1854, e alguns dizem que são concorrentes, mas não conseguimos enxergar qualquer concorrência entre eles. A maioria dos produtos do Hediard, dentre eles, os que experimentamos (casquinha de amêndoas e castanhas açucaradas) não são comercializados pela Fauchon. Lá encontramos, além da parte de “sal”, frutas exóticas, frutas cristalizadas, vinhos, frutas secas, geléias, frutas caramelizadas (inclusive abacaxi inteiro, com coroa e tudo), e numa parte reduzida, pequenas tortas.  


Ou seja, para nós, é claro que o Hediard merece uma visita para degustação, pois não é a toa que encontra-se a tanto tempo no mercado, mas a Fauchon....hummmmmm!

Para quem for a Paris, vale uma visita na casa de chá à moda antiga, a Angelina, o lugar é lindo e nos deixa com a sensação de estarmos no final do século XIX e início do século XX.

E como não poderia ser diferente, experimentamos o mais tradicional da casa: chocolate quente e o doce Mont Blanc (tem o formato de um cupcake com a base de suspiro recheado com um tipo de merengue e cobertura de pasta de castanha portuguesa). Realmente o chocolate quente vale à pena, é forte, denso e saboroso, ele pode até ser considerado pesado para os estômagos mais sensíveis. Já o Mont Blanc não emocionou muito, apesar da loja vender uma média de 400 por dia, vamos cometer a "heresia" de achá-lo apenas gostoso, mas não saboroso. Mas valeu experimentar!

Agora vamos falar sobre uma das mais conhecidas criações de Paris: os macarons!
E para experimentar os melhores, não poderíamos deixar de ir nas “top concorrentes” Ladurée e Pierre Hermé.
O Pierre Hermé é uma das poucas coisas que não tem uma média de 100 anos em Paris, é uma loja mais recente, quase uma boutique, totalmente sofisticada e moderna, com funcionários altamente requintados (o que nos atendeu, muito bem por sinal, falava 5 línguas).
Dizem que Pierre Hermé foi aprendiz de Lenôtre aos 14 anos e chef da Fauchon aos 24 anos, e, ainda, foi incentivador da Ladurée, e com isso ganhou experiência e conhecimento para explorar o que há de melhor em combinação de sabores.
Comprovamos o que alguns dizem, ele prima mais pelos sabores que a estética, os macarons não tem um acabamento bem feito e o recheio fica sobrando mais de um lado que do outro. Mas isso não atrapalha nem um pouco, pois a textura é maravilhosa e vale a pena se deliciar com as suas criações diferenciadas, e até exóticas de sabores, algumas nem tanto saborosas, outras ideais.

                                                               
Já a Ladurée, que dizem ser a criadora dos macarons, é o oposto da imagem do Pierre Hermé, é romântica e ao mesmo tempo austera, e conseguiu combinar uma sutileza de modernidade com a delicadeza dos produtos que produz.
Fomos conhecer a Ladurée Royale, a primeira loja inaugurada em 1862. Essa loja possui duas portas de entrada, sendo uma para adquirir os produtos comercializados da marca, como chaveiros, velas, essências, chás, cafés, sorvetes, enfim...e mesas para se sentar para uma xícara de chá. A sensação que se tem quando entra na loja é que estamos na década de 50/60, tudo muito fofo. A outra porta nos leva aos macarons, e uma fila para comprá-los.
E que delícia de macarons! A textura é perfeita, quase um suspiro, você morde a casquinha meio crocante e sente a maciez do recheio com a massa interna. Com certeza é visita obrigatória para os apaixonados pela confeitaria. 


O que nos chamou a atenção nos macarons franceses é que eles primam mais pela textura (impecável), suavidade e perfume/aroma. O que queremos dizer é que quando você morde um macaron, no lugar de sentir uma explosão de sabores, você sente a suavidade do perfume do sabor, a sua essência. Sei que é difícil entender (só comendo mesmo), mas é que isso ficou nítido após experimentar o melhor macaron de Nova York (já adaptado ao gosto americano), que tem aquele sabor forte, que em alguns deixa a sensação de se estar mordendo a fruta, o que não acontece com os macarons franceses.
É como se você pudesse fechar os olhos e sentir a suavidade do perfume dos macarons parisienses. O que não deixa de ser delicioso também! 
Vale fazer um post aqui sobre os cupcakes, que de tão gostosos já invadiram Paris. Claro que não vamos ver cupcakes nas lojas tradicionais como Fauchon ou Ladurée, mas nas confeitarias com tendências mais modernas e abertas é fácil encontrar esses bolinhos. Fomos em duas lojas para experimentá-los e ver se estavam com seu sabor original, ou se já tinham sido adaptados ao gosto francês.
A única coisa que foi adaptada foi o tamanho, que foi reduzido pela metade, de resto estavam bem gostosos, com a massa bem fofinha, e o inconfundível butter cream americano de cobertura.
O único detalhe é que eles não primam pelo cuidado na hora de embalar, todos os cupcakes ficaram machucados dentro da caixa, mas isso não atrapalhou, é claro, a nossa degustação.
                                                     Cupcake da HAND

                                                       Cupcake da EAT.

E, ainda, para quem puder ir, a La Maison de Chocolat, de 1977, oferece deliciosas criações em chocolates, com combinações cítricas e florais, como rosas e jasmine, além dos sabores tradicionais. Cada mordida é válida!  
Bom, essa é uma parte de Paris que merece ser conhecida, e a Wishes indica com certeza! E não se preocupem com as calorias, elas se perdem nas longas caminhas nas ruas estreitas da cidade luz.